Quais são as suas certezas?

Hoje assisti a um vídeo que vai bem de encontro ao que penso. Vivemos, atualmente, um momento totalmente diferente do que vivíamos até então.

Como diz o autor do vídeo: "já mudei de ideia várias vezes". 

Ficar em casa. Não ficar em casa. Trabalhar em casa. Voltar ao trabalho. Rodízio suspenso. Rodízio extremo. Tem remédio. Não tem remédio. A culpa é do governo. A culpa é dos outros governos. A culpa é do vírus. Mandetta sai. Teich fica. Moro é herói. Moro é espião. O vírus é chinês. O vírus é europeu. O vírus é nosso. Ufa!!! Minha cabeça dói. Não estou acostumada a ir e vir, a saber e não saber. Certeza de tudo? Que nada!

O fato é que eu sou parte de tudo isto e tenho que fazer alguma coisa. Essa alguma coisa não é nada de muito importante mundialmente, nem para o Brasil, sequer para São Paulo. Essa alguma coisa é importante dentro da minha casa, dentro do meu ser. Como isso pode influenciar os arredores, eu não tenho muita certeza, aliás, certeza, ultimamente, só algumas poucas pelas quais eu daria minha vida. E essas que citei aí no parágrafo acima, não são, nem de longe, algumas delas.

Eu sou professora de uma sala de 3º ano que adoro. São crianças inteligentes, adoráveis, carinhosas. Suas famílias são generosas, amáveis, compreensivas. Estou morrendo de saudades do contato com eles. Dos abraços matinais, dos sorrisos, das tiradas cheias de esperteza, das correrias na quadra, dos lanches cheios de falatórios e dos contadores de história. Tenho saudades do ambiente da escola. Da alegria de rever meus colegas e do barulho gostoso das crianças chegando. Até das pequeníssimas discussões, porque essa escola é muito diferente das outras, eu tenho saudades.

Eu sou esposa, mãe e cuido de meu lar. Adoro minha casa e a companhia da minha família. Atualmente, alguns deles estão distantes por cuidar de nós. Visita de médico, um coraçãozinho de longe, mas muito amor no coração e no olhar. Estou morrendo de saudades de abraçar e beijar, adoro esse contato físico amoroso da família. 

Gosto do tempo da escola. Gosto do tempo com a família. Gosto do tempo com as amigas. Gosto de tudo no seu lugar, mas... nem sempre o que eu gosto é o que acontece.

O que podemos fazer enquanto as coisas não voltam ao normal? 

Se estiver trabalhando home office, faça-o da melhor forma possível. Arrume-se, tome seu café. Se for mulher, use maquiagem, perfume e suas bijus preferidas. Se for homem, faça a barba e use o perfume que gosta. Seja profissional. Esteja preparado para uma chamada de vídeo a qualquer momento.

Se estiver trabalhando fora, faça-o da melhor forma possível. Cuide-se bem. Use máscara, lave as mãos várias vezes. E, quando chegar em casa não toque em ninguém até tomar um bom banho. Deixe os calçados do lado de fora. Cuide de quem está dentro de casa.

Se estiver em férias, faça-o da melhor forma possível. Esteja junto com a família que está dentro de casa. Assista às suas séries que te esperavam há tanto tempo. Leia aquele livro que você não conseguia ler. Esteja mais perto de Deus. Encontre-O no caminho. Jogue jogos de tabuleiro. Crie jogos. Escreva. Desenhe. Cozinhe. Converse. Não brigue, mas se brigar, vá pedir desculpas. Muitos não sabem como encarar esse momento. Dê-lhes uma chance. 

Resumindo, esteja você como estiver, faça o que deve fazer da melhor forma possível. Não passe o dia na cama, a menos que esteja doente. Aproveite para fazer e viver o que pode fazer e viver da melhor forma possível. Dê o melhor de você. Não reclame. Ajude. Não critique. Colabore. 

Tudo isso vai passar. Um mês, dois meses, três, quem sabe? Se você espalhar sorrisos e bons modos, colherá sorrisos e bons modos. Espalhe o que é bom. Peça desculpas quando errar. Deixe sua marca por onde passar. Que seja uma boa marca!

Ah! Em tempo. O vídeo é esse:

https://www.facebook.com/leonardo.pereiraalves.90/videos/2928215200578484/