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Mostrando postagens de maio, 2020

O que é família pra você?

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Alguém me pediu que escrevesse sobre o que é “Ser Família”. Algumas idéias surgem, no entanto, não é tão fácil definir o que é tão fácil sentir. O poeta já disse isso tantas vezes sobre o amor, ódio, tristeza, saudade, alegria. Agora, incluo também, a família, mas vamos tentar definir o que, até agora, me parece indefinível. Venho de uma família de ascendências italiana e portuguesa. Isso pode explicar muito do sentimento que tenho em relação ao que é “ser família”. Não posso falar de outras porque não vivi dentro delas, mas posso falar da minha e através dela, vou expressando minha possível definição. Ser família é não ter segredos com os demais, mas ser perfeitamente capaz de guardar um segredo até que possa ser desvendado. É emprestar as roupas de todo dia, mas ser generoso para emprestar aquela roupa que estávamos guardando para uma ocasião especial.           Ser família é dividir as tarefas dentro de casa e ajudar o outro a cumprir o seu dever mesmo qu

O que está escondido pode ser acobertado?

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Existe um velho ditado que diz: “O que os olhos não veem o coração não sente”. Será que podemos afirmar que se trata de uma verdade incondicional? Ou poderíamos citar outro provérbio que eu ouvia de minha mãe: “Por fora bela viola, por dentro, pão bolorento”. Vamos aos fatos, porque contra fatos não há argumentos. O apartamento fora todo reformado. Paredes, pisos, encanamentos, fiação. O que se via e o que se escondia. Tudo estava nos planos da reforma. De dentro para fora. Do interior para o exterior. O banheiro social não fugira à regra. Fora cuidadosamente planejado. Paredes expostas e abertas deixavam à mostra os encanamentos novos e os conduítes totalmente desobstruídos. Todo mundo sabe que quando uma reforma está sendo realizada, todo cuidado é pouco. “Um olho no peixe, outro no gato”. Não dá para relaxar. Reforma é tarefa árdua e estressante e quem não quer se arriscar, ou não tem tempo para acompanhar é melhor nem começar. O bom mestre de obras não con

O que é que há?

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É isso mesmo. Se você pensou na música do Fábio Junior, acertou.  Confesso que nunca fui fã dele, mas essa música toca fundo no meu coração. Essa e outras também... Só não sou fã de carteirinha. Mas, se a música for boa e nos leva a pensar e cantarolar, ponto para os criadores. Vamos viajar? Vamos fazer assim: subimos no trem e vamos parando nas estações. Algumas chamarão nossa atenção e merecerão um olhar mais atento. Outras, nem tanto. Eu vou começar, mas você pode parar na estação que quiser. Desça, olhe, pense. Volte para o trem se quiser saber mais. Ou, simplesmente, vá caminhar na estação em que desceu e resolveu ficar. Ninguém é obrigado a viajar até o fim. É apenas um convite. Faça o que quiser, como quiser, da forma que mais lhe agradar.  Partiu! O que é que há? O que é que tá Se passando Com essa cabeça? O que é que há? O que é que tá Me faltando pra que Eu te conheça melhor? 1a. Estação  Quantas vezes em nossa vida

Poesia e Música. Vamos viajar?

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A música sempre marcou momentos de minha vida. Desde a adolescência já usava a música como forma de expressar meus sentimentos. Naqueles doces tempos, Roberto Carlos era quem mais sabia expressar o que eu sentia. Sempre havia uma música para cantarolar quando estivesse feliz ou para chorar pelos incompreendidos amores que passavam pelos meus 14 ou 15 anos. Aqueles por quem chorei, talvez nem soubessem de meu amor de adolescente, mas nada importava, pois Roberto Carlos sabia bem o que eu sentia, e cantava, para todo mundo ouvir, o que se passava em meu desconsolado coração. Os amores juvenis se foram, mas o amor pela música, não. Sempre tentei buscar a poesia que havia nas letras. A literatura escondida sob as notas musicais. O amor quase sempre era o tema preferido, a solidão, a tristeza, de vez em quando as alegrias também chegavam, afinal de contas, amor sem alegrias, mesmo que passageiras, não têm graça nenhuma. Não sei se porquê ainda muito cedo descobri

Quais são as suas certezas?

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Hoje assisti a um vídeo que vai bem de encontro ao que penso. Vivemos, atualmente, um momento totalmente diferente do que vivíamos até então. Como diz o autor do vídeo: "já mudei de ideia várias vezes".  Ficar em casa. Não ficar em casa. Trabalhar em casa. Voltar ao trabalho. Rodízio suspenso. Rodízio extremo. Tem remédio. Não tem remédio. A culpa é do governo. A culpa é dos outros governos. A culpa é do vírus. Mandetta sai. Teich fica. Moro é herói. Moro é espião. O vírus é chinês. O vírus é europeu. O vírus é nosso. Ufa!!! Minha cabeça dói. Não estou acostumada a ir e vir, a saber e não saber. Certeza de tudo? Que nada! O fato é que eu sou parte de tudo isto e tenho que fazer alguma coisa. Essa alguma coisa não é nada de muito importante mundialmente, nem para o Brasil, sequer para São Paulo. Essa alguma coisa é importante dentro da minha casa, dentro do meu ser. Como isso pode influenciar os arredores, eu não tenho muita certeza, aliás, certeza, ultimam

Beato Álvaro del Portillo, meu amigo no céu!

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Hoje, 12 de maio, é comemorado o dia do Beato Álvaro del Portillo. Dom Álvaro, como o conheci em 1989 e como gosto de chamá-lo, foi o primeiro sucessor de São Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei. Era engenheiro civil e doutor em filosofia e em Direito Canônico. Dele, há muitos casinhos dignos de reflexão, mas o que mais me chamou e chama atenção em seu modo de ser é a forma serena como falava. Forte sem deixar de ser manso. Falar o que deve falar, fazer o que precisa ser feito, sem entretanto, perder a calma e a docilidade. Uma luta diária para mim e por isso, talvez, eu o admire tanto. Dom Álvaro entrou definitivamente em minha vida por uma grande graça alcançada. Vou contar rapidamente o que aconteceu. Para nossa família a beatificação de Dom Álvaro em 27 de setembro de 2014 foi uma alegria imensa, já que neste ano de 2014 havíamos recebido uma grande graça através de sua intercessão.  Quando meu esposo, Valter, adoeceu e os médicos deram como certa sua cirurgia,

TODO AZUL DO MAR

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Sonia Rosalia Essa foi a primeira música que levei, inteiramente, à oração. Quando a ouvi, pela primeira vez, no início da década de 80, já era apaixonada por Nossa Senhora e a música dizia à Virgem, tudo aquilo que eu gostaria de dizer, mas a minha falta de talento não permitia. Quantas vezes me sentava diante de uma imagem e não sabia o que dizer? Muitas... muitas mesmo... Meu amor pela doce Senhora, como gosto de chamá-la, começou quando ainda era apenas uma menina. Pelo exemplo de minha nona, muito cedo (devia ter meus 8 ou 9 anos) comecei a rezar o terço e sempre conversava com Ela sabendo que me olhava, que me queria bem e me protegia. Mesmo quando, na adolescência, minha docilidade infantil ficou escondida no fundo de algum armário lá de casa, deixando minha querida mãe de cabelos brancos e coração apertado; mesmo em meio à pseudo-rebeldia que, como adolescente buscava a fim de encontrar meu lugar no mundo; mesmo quando deixei de ir à