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Mostrando postagens de 2020

Se você topar, vamos ficar até o final...

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Gosto muito de assistir séries. Tenho uma queda especial por séries de suspense, daquelas que dão uns sustos de vez em quando e um friozinho na barriga também. Aproveitei o fim de semana com feriado prolongado para iniciar uma série novinha em folha.  Devo confessar que gosto de levantar bem cedinho, fazer meu café e curtir meus filmes enquanto todos dormem, porque depois que eles acordam a rotina começa e já não dá para prestar atenção total aos diálogos, olhares suspeitos e pistas sempre presentes nestes filmes de suspense. Mas, chega de conversa e vamos aos fatos. Logo no primeiro capítulo surgiu uma fala que me impressionou muitíssimo tanto pelo conteúdo, como pela originalidade. Não vou colocá-la entre aspas, porque não serão as palavras textuais, mas o contexto e o significado delas que tanto chamaram minha atenção. Posso até colocar algumas palavras a mais ou a menos. Isto faz parte. A cena é a seguinte: um almoço para os parentes e amigos mais próximos de um casal que está pres

Boa noite, minha heroína

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 Eu não a conheço. Vejo-a de longe. De costas. Da janela de meu quarto. Não faço ideia de como é seu rosto, pois só a vejo de costas.  Não faço ideia do seu nome, sua idade (calculo que tenha entre 50 e 60 anos), mas posso estar enganada, pois minha visão é privilegiada para o todo, mas não para os detalhes. Não faço ideia de como é sua vida durante a manhã e à tarde. Só a vejo à noite, tarde da noite, todos os dias, de domingo a domingo, faça sol ou faça chuva, com calor ou toda agasalhada. Lá está ela. Sim, ela estará lá todos os dias. Eu, a essa hora estou morta de cansaço, pronta para dormir o sono dos justos. Por volta das 22 horas, todos os dias, despeço-me da minha turma e vou para meu quarto. Olho pela janela e lá está ela. Deve estar cansada também. Mas, está lá. No tanque e na máquina de lavar. Sempre ativa e sem fazer corpo mole, ela esfrega as roupas no tanque, coloca na máquina e aproveita para lavar o quintal. Todos os dias. O local não é muito grande, mas dá trabalho. Às

O que fazer quando estamos perdidos?

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“Fulton Sheen, antigo bispo auxiliar de Nova York, famoso pela sua pregação através do rádio, contava uma experiência que teve em Filadélfia. Estava a caminho do local onde ia dar uma conferência, e perdeu-se nessa cidade; resolveu então pedir informação a uns garotos que estavam brincando na rua. Perguntou-lhes onde ficava a Prefeitura. Um dos meninos ofereceu-se para acompanha-lo a pé. No caminho, o garoto perguntou-lhe o que ele ia fazer lá. O bispo respondeu que ia dar uma conferência. – “Sobre o quê? ”, insistiu o garoto. –“Sobre como ir para o Céu”, replicou o bispo. E a resposta do rapazinho o fez pensar muito: “Sobre o modo de ir ao Céu?” Mas se o senhor não sabe nem ir até a Prefeitura!”” (A Misericórdia Divina, p. 63, 64) A pergunta aparentemente tão inocente e singela certamente levou o leitor a sorrir. E, juntamente, com o sorriso veio a ideia de que a criança é assim mesmo: pensando no concreto não viu, nem previu a imensidão do que seria a palestra

O que é família pra você?

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Alguém me pediu que escrevesse sobre o que é “Ser Família”. Algumas idéias surgem, no entanto, não é tão fácil definir o que é tão fácil sentir. O poeta já disse isso tantas vezes sobre o amor, ódio, tristeza, saudade, alegria. Agora, incluo também, a família, mas vamos tentar definir o que, até agora, me parece indefinível. Venho de uma família de ascendências italiana e portuguesa. Isso pode explicar muito do sentimento que tenho em relação ao que é “ser família”. Não posso falar de outras porque não vivi dentro delas, mas posso falar da minha e através dela, vou expressando minha possível definição. Ser família é não ter segredos com os demais, mas ser perfeitamente capaz de guardar um segredo até que possa ser desvendado. É emprestar as roupas de todo dia, mas ser generoso para emprestar aquela roupa que estávamos guardando para uma ocasião especial.           Ser família é dividir as tarefas dentro de casa e ajudar o outro a cumprir o seu dever mesmo qu

O que está escondido pode ser acobertado?

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Existe um velho ditado que diz: “O que os olhos não veem o coração não sente”. Será que podemos afirmar que se trata de uma verdade incondicional? Ou poderíamos citar outro provérbio que eu ouvia de minha mãe: “Por fora bela viola, por dentro, pão bolorento”. Vamos aos fatos, porque contra fatos não há argumentos. O apartamento fora todo reformado. Paredes, pisos, encanamentos, fiação. O que se via e o que se escondia. Tudo estava nos planos da reforma. De dentro para fora. Do interior para o exterior. O banheiro social não fugira à regra. Fora cuidadosamente planejado. Paredes expostas e abertas deixavam à mostra os encanamentos novos e os conduítes totalmente desobstruídos. Todo mundo sabe que quando uma reforma está sendo realizada, todo cuidado é pouco. “Um olho no peixe, outro no gato”. Não dá para relaxar. Reforma é tarefa árdua e estressante e quem não quer se arriscar, ou não tem tempo para acompanhar é melhor nem começar. O bom mestre de obras não con

O que é que há?

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É isso mesmo. Se você pensou na música do Fábio Junior, acertou.  Confesso que nunca fui fã dele, mas essa música toca fundo no meu coração. Essa e outras também... Só não sou fã de carteirinha. Mas, se a música for boa e nos leva a pensar e cantarolar, ponto para os criadores. Vamos viajar? Vamos fazer assim: subimos no trem e vamos parando nas estações. Algumas chamarão nossa atenção e merecerão um olhar mais atento. Outras, nem tanto. Eu vou começar, mas você pode parar na estação que quiser. Desça, olhe, pense. Volte para o trem se quiser saber mais. Ou, simplesmente, vá caminhar na estação em que desceu e resolveu ficar. Ninguém é obrigado a viajar até o fim. É apenas um convite. Faça o que quiser, como quiser, da forma que mais lhe agradar.  Partiu! O que é que há? O que é que tá Se passando Com essa cabeça? O que é que há? O que é que tá Me faltando pra que Eu te conheça melhor? 1a. Estação  Quantas vezes em nossa vida

Poesia e Música. Vamos viajar?

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A música sempre marcou momentos de minha vida. Desde a adolescência já usava a música como forma de expressar meus sentimentos. Naqueles doces tempos, Roberto Carlos era quem mais sabia expressar o que eu sentia. Sempre havia uma música para cantarolar quando estivesse feliz ou para chorar pelos incompreendidos amores que passavam pelos meus 14 ou 15 anos. Aqueles por quem chorei, talvez nem soubessem de meu amor de adolescente, mas nada importava, pois Roberto Carlos sabia bem o que eu sentia, e cantava, para todo mundo ouvir, o que se passava em meu desconsolado coração. Os amores juvenis se foram, mas o amor pela música, não. Sempre tentei buscar a poesia que havia nas letras. A literatura escondida sob as notas musicais. O amor quase sempre era o tema preferido, a solidão, a tristeza, de vez em quando as alegrias também chegavam, afinal de contas, amor sem alegrias, mesmo que passageiras, não têm graça nenhuma. Não sei se porquê ainda muito cedo descobri