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Feliz Ano Novo

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  Essa é uma das imagens da Sagrada Família que mais me tocam. Gosto de usá-la em duas ocasiões especiais: Dia de São José e Início do Ano.  Explico-me. É fato, especialmente em famílias que gostam e costumam reunir-se, a agitação alegre e gostosa destes dias de festa: Natal e Ano Novo. Gosto de pensar que Nossa Senhora e São José também tiveram seus momentos de agitação antes do nascimento do Menino Jesus. Imagino que à medida que se aproximava o dia tão esperado, havia uma certa inquietação por parte de São José que tentava encontrar um local adequado para que Ela pudesse ter o bebê. Imagino também que Ela o tranquilizasse com o olhar a cada "Não tem Lugar" que eles ouviam. Ela estava acompanhando todo o esforço dele, todo o empenho em resolver a situação, então, nada mais justo do que contemplá-lo com um olhar sereno e confiante. À parte de como imagino que foram os muitos olhares e as poucas palavras, porque são reflexões minhas e porque amo olhares que falam mais do que ...

Se você topar, vamos ficar até o final...

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Gosto muito de assistir séries. Tenho uma queda especial por séries de suspense, daquelas que dão uns sustos de vez em quando e um friozinho na barriga também. Aproveitei o fim de semana com feriado prolongado para iniciar uma série novinha em folha.  Devo confessar que gosto de levantar bem cedinho, fazer meu café e curtir meus filmes enquanto todos dormem, porque depois que eles acordam a rotina começa e já não dá para prestar atenção total aos diálogos, olhares suspeitos e pistas sempre presentes nestes filmes de suspense. Mas, chega de conversa e vamos aos fatos. Logo no primeiro capítulo surgiu uma fala que me impressionou muitíssimo tanto pelo conteúdo, como pela originalidade. Não vou colocá-la entre aspas, porque não serão as palavras textuais, mas o contexto e o significado delas que tanto chamaram minha atenção. Posso até colocar algumas palavras a mais ou a menos. Isto faz parte. A cena é a seguinte: um almoço para os parentes e amigos mais próximos de um casal que está ...

Boa noite, minha heroína

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 Eu não a conheço. Vejo-a de longe. De costas. Da janela de meu quarto. Não faço ideia de como é seu rosto, pois só a vejo de costas.  Não faço ideia do seu nome, sua idade (calculo que tenha entre 50 e 60 anos), mas posso estar enganada, pois minha visão é privilegiada para o todo, mas não para os detalhes. Não faço ideia de como é sua vida durante a manhã e à tarde. Só a vejo à noite, tarde da noite, todos os dias, de domingo a domingo, faça sol ou faça chuva, com calor ou toda agasalhada. Lá está ela. Sim, ela estará lá todos os dias. Eu, a essa hora estou morta de cansaço, pronta para dormir o sono dos justos. Por volta das 22 horas, todos os dias, despeço-me da minha turma e vou para meu quarto. Olho pela janela e lá está ela. Deve estar cansada também. Mas, está lá. No tanque e na máquina de lavar. Sempre ativa e sem fazer corpo mole, ela esfrega as roupas no tanque, coloca na máquina e aproveita para lavar o quintal. Todos os dias. O local não é muito grande, mas dá tra...

O que fazer quando estamos perdidos?

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“Fulton Sheen, antigo bispo auxiliar de Nova York, famoso pela sua pregação através do rádio, contava uma experiência que teve em Filadélfia. Estava a caminho do local onde ia dar uma conferência, e perdeu-se nessa cidade; resolveu então pedir informação a uns garotos que estavam brincando na rua. Perguntou-lhes onde ficava a Prefeitura. Um dos meninos ofereceu-se para acompanha-lo a pé. No caminho, o garoto perguntou-lhe o que ele ia fazer lá. O bispo respondeu que ia dar uma conferência. – “Sobre o quê? ”, insistiu o garoto. –“Sobre como ir para o Céu”, replicou o bispo. E a resposta do rapazinho o fez pensar muito: “Sobre o modo de ir ao Céu?” Mas se o senhor não sabe nem ir até a Prefeitura!”” (A Misericórdia Divina, p. 63, 64) A pergunta aparentemente tão inocente e singela certamente levou o leitor a sorrir. E, juntamente, com o sorriso veio a ideia de que a criança é assim mesmo: pensando no concreto não viu, nem previu a imensidão do que seria a palestra ...

O que é família pra você?

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Alguém me pediu que escrevesse sobre o que é “Ser Família”. Algumas idéias surgem, no entanto, não é tão fácil definir o que é tão fácil sentir. O poeta já disse isso tantas vezes sobre o amor, ódio, tristeza, saudade, alegria. Agora, incluo também, a família, mas vamos tentar definir o que, até agora, me parece indefinível. Venho de uma família de ascendências italiana e portuguesa. Isso pode explicar muito do sentimento que tenho em relação ao que é “ser família”. Não posso falar de outras porque não vivi dentro delas, mas posso falar da minha e através dela, vou expressando minha possível definição. Ser família é não ter segredos com os demais, mas ser perfeitamente capaz de guardar um segredo até que possa ser desvendado. É emprestar as roupas de todo dia, mas ser generoso para emprestar aquela roupa que estávamos guardando para uma ocasião especial.           Ser família é dividir as tarefas dentro de casa e ajudar o outro a cump...

O que está escondido pode ser acobertado?

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Existe um velho ditado que diz: “O que os olhos não veem o coração não sente”. Será que podemos afirmar que se trata de uma verdade incondicional? Ou poderíamos citar outro provérbio que eu ouvia de minha mãe: “Por fora bela viola, por dentro, pão bolorento”. Vamos aos fatos, porque contra fatos não há argumentos. O apartamento fora todo reformado. Paredes, pisos, encanamentos, fiação. O que se via e o que se escondia. Tudo estava nos planos da reforma. De dentro para fora. Do interior para o exterior. O banheiro social não fugira à regra. Fora cuidadosamente planejado. Paredes expostas e abertas deixavam à mostra os encanamentos novos e os conduítes totalmente desobstruídos. Todo mundo sabe que quando uma reforma está sendo realizada, todo cuidado é pouco. “Um olho no peixe, outro no gato”. Não dá para relaxar. Reforma é tarefa árdua e estressante e quem não quer se arriscar, ou não tem tempo para acompanhar é melhor nem começar. O bom mestre de obras não con...

O que é que há?

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É isso mesmo. Se você pensou na música do Fábio Junior, acertou.  Confesso que nunca fui fã dele, mas essa música toca fundo no meu coração. Essa e outras também... Só não sou fã de carteirinha. Mas, se a música for boa e nos leva a pensar e cantarolar, ponto para os criadores. Vamos viajar? Vamos fazer assim: subimos no trem e vamos parando nas estações. Algumas chamarão nossa atenção e merecerão um olhar mais atento. Outras, nem tanto. Eu vou começar, mas você pode parar na estação que quiser. Desça, olhe, pense. Volte para o trem se quiser saber mais. Ou, simplesmente, vá caminhar na estação em que desceu e resolveu ficar. Ninguém é obrigado a viajar até o fim. É apenas um convite. Faça o que quiser, como quiser, da forma que mais lhe agradar.  Partiu! O que é que há? O que é que tá Se passando Com essa cabeça? O que é que há? O que é que tá Me faltando pra que Eu te conheça melhor? 1a. Estação  Quantas vezes...