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A Boneca - 43 anos depois...

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  Grandes histórias têm início, muitas vezes, de forma simples e trivial. Podem parecer corriqueiras, com aquela pegada de "Já sei como vai terminar" ou "O que será que vem pela frente?", mas nem  todas as histórias terminam do mesmo jeito. Ainda bem. Há 43 anos eu e Valter começamos nosso namoro. Sim!!! Marcamos um encontro no dia 16 de agosto de 1981, num barzinho, na Penha, chamado Cochicho. Nunca estivera lá, mas já tinha ouvido falar que o lugar era legal e sossegado. Ele, com certeza, não conhecia mesmo.  Era um lugar pequeno, tranquilo, luz não muito forte e propício para conversar. Poucas mesas, cadeiras estofadas. Tudo num tom mais escuro. Lembro que o garçom chegou e logo foi perguntando o que eu gostaria de beber.  - Uma cerveja - respondi. - Pra mim, um refrigerante, por favor - disse ele. Ri de nervoso, meio sem graça. Tentei mudar o pedido, mas ele disse que não tinha problema. Que tomasse minha cerveja com tranquilidade. Diferenças, diferenças... Seri

Férias em família

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 Férias chegando e a gente fica cheia de expectativas e propósitos. Neste ano não havia planos de viagem, então, as expectativas e propósitos resumiam-se às arrumações da casa (aquelas que são tão difíceis enquanto estamos trabalhando), descansar, comemorar nossos 42 anos de casados com os filhos que estão por aqui e em vídeo chamada com os que estão longe, curtir a família sem pressa e sem horário para dormir. Tudo bem simples, normal e esperado. Só que não!!! 😉 Não sei se já havia contado, mas vamos ganhar mais um membro na família. Dia 23 de Junho foi o dia de revelar se seria um menino ou uma menina.  Família reunida e aí vem uma mensagem do Marcelo (que mora na Irlanda). Ele mandou uma música que amamos muito, Perhaps Love. Sentamos à frente da TV para ouvir a música que ele havia gravado. Não preciso dizer que a emoção tomou conta. Aquela saudade que bate em cheio enquanto você ouve aquela voz que está em outro continente, mas que arranca lágrimas dos olhos e faz o coração bater

A importância da presença dos pais na vida dos filhos

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  É sempre muito interessante observar o andamento de nossa família. Quando os filhos são pequenos estão sempre ao nosso redor: brincando, pulando, pedindo, requisitando, rindo, chorando, brigando, enfim, estão sempre por perto. À medida que vão crescendo e entrando na adolescência vão, aos poucos, procurando um espaço mais íntimo, mais longe da nossa presença. E tudo isso é muito normal. É claro que é sempre bom aparecer de repente e perguntar se está tudo bem, especialmente, quando percebemos que algo não está legal. Minha mãe nos conhecia pelo bater da porta, pelo andar rápido tentando fugir do olhar dela. Não davam 5 minutos e lá estava ela perguntando como foi o dia e não saía de perto até que contássemos o que havia acontecido. Pode pensar o que quiser, mas ela sempre sabia quando algo estava mal. Visões? Bruxaria? Ecos do além? Não!!! Minha mãe era uma mãe presente. E quando se tem uma mãe presente não dá para esconder nada dela. Às vezes, ela se fazia de "boba", mas a